Biblioteca Joanina, Torre e Via Latina
Nascida da vontade de renovação levada a cabo pelo monarca D. João V, a Biblioteca Joanina ou Casa da Livraria, de conceção barroca, situada no topo sul da ala poente do Paço das Escolas, foi erguida entre 1717 e 1728. O piso nobre organiza-se internamente em três secções divididas por arcos monumentais e possui magnífica decoração: pinturas em trompe l’oeil nos tetos, estantes decoradas com chinoiseries, requintadas peças de mobiliário. Durante a reforma pombalina, instalou-se a prisão académica no piso inferior deste edifício.
A Torre da Universidade, cujo risco terá tido a mão do arquiteto italiano António Canevari, ergue-se na ala norte do Paço das Escolas, em local onde existia uma primitiva torre quinhentista. Servia não só a função reguladora do tempo, com o seu relógio, como a actividade científica, albergando, no terraço do topo, o Observatório Astronómico. Foi construída entre 1728 e 1733 e tornou-se o símbolo por excelência da Universidade e da própria cidade.
A Via Latina foi edificada entre 1773 e 1777, durante a reforma pombalina da Universidade. Ocupou o eirado manuelino e proveu o complexo do Paço das Escolas de uma fachada nobre, cénica, respondendo ao movimento de renovação, reordenamento e reabilitação dos espaços interiores e exteriores promovidos pelo Reitor-Reformador D. Francisco de Lemos. Trata-se de uma galeria neoclássica à qual se acede por escadaria de aparato. Ao centro, pode observar-se um conjunto escultórico com a figura do rei D. José em posição central, ladeado pela Justiça e pela Fortaleza. O vértice do frontão é ocupado pela Sabedoria.
Ala poente do Paço e Observatório Astronómico II
De entre os vários projetos riscados mas nunca concretizados produzidos pelo Gabinete de Obras da Universidade, está a renovação da ala poente do Paço das Escolas.
A par da ala norte, inteiramente renovada com a construção da Via Latina, a ala poente veria, também, a sua feição alterada drasticamente numa reorganização do conjunto biblioteca e capela. A Biblioteca Joanina seria replicada e a capela de S. Miguel seria substituída. O projecto foi travado por D. Francisco de Lemos.
Abandonada a construção do mais ambicioso projecto para o Observatório situado na Praça D. Dinis – no local do demolido castelo medieval da cidade – este equipamento acaba por ser erguido no topo sul do terreiro da Universidade, mais tarde, em 1790.
O Observatório foi demolido já no século XX, retomando o pátio a antiga forma em U e a abertura à paisagem que lhe é característica. Sob o local onde se erguia o edifício estão ainda diversos compartimentos subterrâneos que faziam a ligação à rua José Falcão – postos a descoberto, estudados e novamente tapados, durante a recente intervenção de reabilitação do pátio.
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Horário de verão (16-03 a 31-10): 9h00-19h30
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