Após a guerra da sucessão, os novos projetos urbanísticos de Barcelona foram desenhados e supervisionados por aqueles que tinham dominado e destruído a cidade: a esfera militar.
Destaca-se a construção da Cidadela, para o qual se destruiu uma grande parte do “Barrio de la Ribera”. Engenheiros militares desenharam a Barceloneta para alojar os habitantes desalojados.
Ao mesmo tempo foi reformado o Castelo de Montjuic, transformando o antigo castelo de vigia numa grande e moderna fortaleza.
A Igreja foi durante este período a outra grande construtora da cidade, com os templos de Sant Felip Neri, Sant Agustí Nou e Sant Pere Nolasc. Mais tarde construiu-se a Basílica de la Mercè, Sant Miquel del Port e, já fora das muralhas, Santa Eulàlia de Vilapicina e Sant Vicenç de Sarrià.
Barcelona tornar-se-á uma cidade mais próspera em grande parte devendo-se, ao estabelecimento das fábricas Indiana. As fábricas que se instalaram maioritariamente no Raval, irão usufruir da abertura de novas ruas pavimentadas com calçada de paralelepípedos, com atribuição de toponímia numeração policial das casas, e com a instalação da primeira iluminação pública em 1757.
A incipiente burguesia teve um papel decisivo na transformação da época e impulsionou a criação de várias escolas (comércio, física, química, economia, etc.), como forma de superar a falta de estudos universitários –a Universidade de Barcelona havia sido fechada por decreto após a guerra– e ao mesmo tempo uma forma de controlar a atividade económica.
A economia cresceu quando foi liberalizado o comércio livre com a América, devolvendo à zona portuária o seu protagonismo, construindo-se edifícios como a Alfândega Nova. A classe burguesa e comerciante ostentam a sua riqueza na construção de edifícios como a casa do Gremi de Velers i la Llotja e palácios, como o de la Virreina e da Moja.
A população aumentou rapidamente no interior do espaço amuralhado, facto que provocou uma forte densificação. A cidade cresceu em altura por volta do ano 1800, mais de 70% das casas tinham quatro ou mais andares.
A burguesia, com a edificação de grandes palácios, transformará a Rambla numa nova área de passeio barcelonês, que rapidamente se converterá num lugar muito popular.
O encerramento dos cemitérios paroquiais e a construção de uma nova vila, levará ao surgimento de novos espaços públicos e praças urbanas, uma transformação que culminará no século XIX, com a abertura da Praça de Sant Jaume.
Mais sobre Barcelona descarregue o PDF