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O Arsenal Militar constitui um importante conjunto de arquitetura e engenharia hidráulica, formado pelo Arsenal do Parque, destacando-se uma notável traça académica da Sala de Armas e a Porta do Parque, e o Arsenal dos Diques que inclui os sólidos edifícios da Teneduría, el Presidio y las Herrerías assim como a Porta do Dique. Todo este conjunto de reconhecido mérito encontra-se em bom estado de conservação, embora com traços a exigir reformas devidas pela passagem dos tempos.

O Arsenal do Parque foi classificado como Bem de Interesse Cultural (BIC). É constituído por um conjunto bem definido pelo seu antigo perímetro defensivo, materializado na muralha para o mar, e a outra com fosso, para o povoado. É composto pelo: Portão do Parque, Sala de Armas com uma fachada a sul, de caracter monumental. Todo o edifício é de cantaria de granito lavrada. No interior destacam-se as escadas de estilo "imperial" e os dois pátios laterais. Cortina de artilheira defensiva.

Teneduría (contabilidade) e armazém do século XVIII. Atual edifício administrativo. Arquitetura com justaposição de cinco módulos e com um largo portal na fachada principal.

Hoje é Museu e Biblioteca Central, foi o alojamento dos condenados aos trabalhos árduos do Arsenal.

Edifício sede da Exposição da Construção Naval. No século XVIII é a oficina de forjas.

Quatro funções: Corpo de Guarda (interior e pórtico), Capela, junção de relógio de quatro esferas com campanário e Porta do Arco Triunfal, mostrando o poder da monarquia.

O desenho geral do Arsenal teve antecedentes com as primeiras plantas de 1732, de autoria de Francisco Montaygut, e as plantas posteriores são de 1747 da autoria de Cosme Álvarez e Joseph Petit de La Croix. O desenho atual foi projetado a partir de 1751, com algumas modificações de Francisco Llovet e Julián Sánchez Bort, sob a monitorização de Jorge Juan Santacilia. Destacam-se as suas formas retangulares e segmentos que se regem pela proporção do "número dourado". Em todo caso, são determinadas as necessidades funcionais do estaleiro, delimitando a área de armamentos ("parque") e a de manutenção ("diques"), com uma percursora racionalização do trabalho que se desenvolve de acordo com as Ordens Reais daquela época.

Este conjunto foi declarado Bem de interesse Cultural (BIC). A construção do Porto Militar integrou áreas de engenharia, arquitetura, jardinagem e viárias.

O Porto civil forma parte do projeto geral da base naval, embora os seus projetos específicos fossem relativamente tardios e de escassa execução. Executados por engenheiros e arquitetos militares na zona oeste da cidade. Inclui obras de engenharia, arquitetura, jardinagem e viárias, entre outras. Atualmente conserva-se somente uma pequena parte dos molhes que foram inclusivamente reutilizados no século XIX.

Igreja de estilo neoclássico, obra do engenheiro Julián Sanchez Bort. Apresenta planta de cruz grega inscrita num quadrado do qual sobressai em as paredes curvas dos braços laterais. Destaque para uma grande cúpula semiesférica sem tambor e pequena lanterna.

O conjunto anteriormente existente de fortificações defensivas da ria, a base dos castelos-baterias, foi modernizado na época da construção do Arsenal Militar.

Hoje os importantes castelos como o de San Felipe e de La Palma, encontram-se em bom estado de conservação, pendentes da definição do seu uso para fins culturais, enquanto também, está pendente a iniciativa para a reabilitação das pequenas baterias de San Carlos, San Cristóbal, Cariño e Viñas.

O Castelo de San Felipe foi declarado BIC em 1994, teve a sua origem no século XVI, na época de Felipe II.

No século XVIII, conservando-se intacto o antigo reduto, conservou-se a maior parte da fábrica do castelo, que hoje ainda se preserva.

O Castelo de La Palma é um castelo que tem origem no século XVIII, que sofreu alterações profundas durante os séculos XIX e XX, conservando somente a sua planta original.

Neste campo destaca-se o Palácio da Capitania Geral da Zona Marítima (1760), sede de Nossa Senhora das Dores para a Infantaria da Marina (1765), e numerosas casas do século XVIII. Entre elas destacam-se as que atualmente se conhecem como, do Ateneo e Intendencia de Marina, bem como as abundantes residências privadas, que exibem magníficas varandas trabalhadas em ferro e passagens envidraçadas

As Igrejas mais importantes do século XVIII, para além da de San Julian (1765), são: San Francisco (1751), Nuestra Señora de los Dolores (1771), Nuestra Señora del Socorro (1777) e Nuestra Señora de las Angustias (1785).

Deve destacar-se uma série de serviços públicos da época do iluminismo. Entre eles, a antiga Alameda, hoje "cantones", com uma longa tradição de jardim botânico e de espécies vegetais do ultramar. Também são dignas de menção, as fontes públicas de San Roque (1784), de la Fama (1786) e o Obelisco de Churruca; a Prisão Pública (1786), Hospital da Caridade (1783) e o Cemitério Municipal (1806), o primeiro da Galiza do qual se conserva apenas a Capela.

Como caso singular preserva-se em A Cabana, um exemplo de Dique Civil (1809), com várias construções anexas, para a construção de bergantins (embarcação do tipo galé) e goletas, a cargo de carpinteiros da ribeira. O conjunto constituiu um dos Arsenais civis ainda se podem encontrar na Espanha do século XIX.